Quando se fala em tecnologia educacional vem logo à mente um conceito de algo novo, inovador, porém cabe aqui ressaltarmos que tudo que temos atualmente foi um avanço tecnológico na época em que surgiram e nem por isso deixaram ser tecnologia, ainda que queiramos dar-lhe agora o adjetivo “superada”, face sua incorporação atual no contexto social. Assim, tanto o quadro-negro como o datashow são tecnologias voltadas para a educação.
Por certo, o ensino da matemática desprovido de novas tecnologias educacionais, resumida ao uso das tecnologias antigas e no simples discurso do professor, pode tornar a sala de aula num ambiente de monotonia, sem estimulo algum para se realizar o ciclo ensino-aprendizagem, principalmente nas séries da educação básica. Portanto, é dever do professor nos tempos atuais, buscar formas de despertar o interesse do aluno através do uso adequado das novas tecnologias: computador, internet, powerpoint, datashow, vídeo-aula, jogos lúdicos, entre outros.
A busca por essas novas tecnologias é uma necessidade premente da educação contemporânea, visando despertar o interesse do aluno para assimilação dos conteúdos, visto a acirrada competição pela atenção do mesmo em face das diversões virtuais, aqui inseridos os programas de TV, os vídeo-games, as redes de relacionamentos, etc.
E é nesse desafio que os avanços tecnológicos são bem-vindos, desde que corretamente aplicados, encaminhando os sujeitos da relação ensino-aprendizagem para novas atividades criativas, criticas e de construção conjunta. Exemplo desses recursos tecnológicos aplicado à matemática são os jogos lúdicos, que, a título de exemplo, postamos nesse blog com um breve resumo dos mesmos e o link de acesso; bem como as vídeo-aulas que incorporam o uso de software para desenvolver conteúdo matemático, tal como a postada em http://www.youtube.com/watch?v=VxzhyVwytVM, onde o professor utiliza o software Geogebra para explicar o Teorema de Tales
Cabe ao professor de matemática, neste contexto, inserir corretamente os recursos tecnológicos no ensino da sua disciplina. Inserção esta, que vai muito além de superar seus limites de ansiedade e medo para encarrar o novo, o desconhecido, chegando a humildade de reconhecer que às vezes o aluno será seu professor, pois ele poderá estar muitos mais familiarizado que o mestre no uso de uma determinada inovação tecnológica.
O professor deve assumir, assim, uma postura de coragem. Ele deve ser flexível e critico de sua própria atuação em sala, a fim de está sempre pesquisando, sempre buscando o que há de mais atual, selecionando e conduzindo conteúdos a serem vistos em sala de aula, de modo a possibilitar aos seus alunos o acúmulo de conhecimento necessário a atender às exigências que a vida pode estar propondo futuramente.
Agora observe: utilizar a tecnologia a favor da educação requer cautela. Por exemplo, a internet, como ferramenta pedagógica, deve ser utilizada com cuidado para não prejudicar o desenvolvimento do aluno quanto ao saber-fazer, dando-lhe informações prontas que podem ser “copiadas e coladas” sem sequer ter sido feita uma leitura e interpretação prévia. O professor deve estar atento a essa possibilidade, conduzindo seus alunos a refletirem sobre as informações facilmente encontradas na rede.
O segredo da qualidade da educação está e sempre estará centrado no professor. Ele é insubstituível mesmo com a mais moderna tecnologia. Sua função no novo contexto tecnológico é fundamental, quer organizando o ambiente de aprendizagem, quer escolhendo os recursos a serem utilizados, quer realizando intervenções pedagógicas quando necessária, reorganizando as atividades quando sentindo as dificuldades da turma, ou seja, a ele cabe a organização da aula, interagindo, construindo junto com os alunos as situações e simulações, com vista à assimilação do conteúdo. Enfim, é projeto pedagógico da escola, e não a simples disponibilização dos recursos tecnológicos, que definirá a qualidade do aprendizado.
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